Joquebede, a mãe zelosa


Joquebede, exemplo de mãe

“Então lhe disse a filha de Faraó: ‘Leva este menino e cria-mo; pagar-te-ei o teu salário’. A mulher tomou o menino e o criou.” (Ex 2:9.)

Joquebede era judia, da tribo de Levi, e viveu no período do cativeiro de Israel no Egito. O povo entrara naquela nação sendo convidado por Faraó, na época de José. Ficara no melhor da terra, na terra de Gósen, região boa para o gado, com muitas pastagens, entre a planície do delta do rio Nilo.

A Bíblia nos diz que, depois da morte de José e também do Faraó que o elevara a governador do Egito, os israelitas começaram a crescer muito naquela terra. Eles se multiplicaram grandemente e a nova dinastia que assumira o poder no Egito teve medo de seu potencial. Se continuassem se fortalecendo como nação, poderiam tomar o Egito.

O Faraó então lançou uma estratégia para enfraquecer Israel: baseava-se em matar os bebês do sexo masculino, ao nascerem. As parteiras foram chamadas à presença de Faraó e receberam ordens para executar os bebês recém-nascidos. Mas estas mulheres temeram a Deus e não obedeceram às ordens reais. Elas se desculparam com Faraó, dizendo que as mulheres hebréias eram fortes e, que, quando elas chegavam para ajudar no parto, a criança já havia nascido.
Deus abençoou as parteiras Sifrá e Puá pelo que fizeram ao seu povo, e elas puderam ter filhos também. E o Faraó pôs em prática outro golpe para “frear” o crescimento de Israel. Ele ordenou aos pais hebreus que lançassem seus filhos no rio Nilo, caso fossem do sexo masculino. O terror pairava sobre as famílias de Israel.

Joquebede, nesta época, já tinha 2 filhos: Miriam e Arão. Ela se casara com o seu sobrinho Anrão (Êx 6.20). Isto era comum naquela época, visto que os hebreus, por serem pastores de ovelhas, constituíam-se em “abominação” para os egípcios. Não aconteciam casamentos entre egípcios e hebreus normalmente. Casavam-se primos e parentes entre si nas tribos israelitas. Levar o povo para o Egito foi uma forma que Deus encontrou para que o povo não se misturasse com os cananeus (em cuja terra habitaram Abraão, Isaque e Jacó) e, assim, se diluísse como nação. 
Aconteceu de Joquebede ficar grávida do seu 3º filho. Ela escondeu, como pôde, a sua gravidez. Com aquela lei em vigor, Joquebede precisava ter cautela e não permitir que alguém soubesse do filho que estava para nascer. E, que linda criança ela gerou!

Durante os 3 primeiros meses de vida do menino, ela conseguiu escondê-lo. Creio que ele era bem alimentado e dormia muito, pois ela deveria mantê-lo sem necessidades, para que seu choro não fosse ouvido ou denunciado. Mas a criança precisaria tomar sol; precisaria aprender a engatinhar, a dar os primeiros passos... Seria impossível criá-lo sem que os outros o soubessem... 

E Deus deu uma estratégia para Joquebede. 

Ela fez um cestinho de junco: calafetou-o por dentro e por fora, impermeabilizando-o completamente. E colocou nele o menino. Cobriu com a tampa o cestinho e ordenou à filha mais velha, Miriam, que acompanhasse a trajetória do cestinho pelas águas do rio Nilo. Joquebede revelou ser uma mãe zelosa. Ela protegeu seu filhinho da morte ao nascer. Cuidou dele enquanto pôde... Não sabia o que aconteceria, mas confiava em Deus. Ele protegeria seu pequenino, livrando-o da morte...

O fato de calafetar o cestinho por dentro e por fora nos mostra o cuidado de uma mãe segundo os princípios da Palavra de Deus. Ela não permitiria que as águas entrassem e destruíssem seu filho.
Este cestinho nos fala sobre o cuidado da mãe zelosa que impede que o filho pequeno tenha contato com o que destrói. O pequenino precisa de segurança e proteção em seus primeiros anos de vida.

Joquebede pediu à filha, Miriam, que ficasse vigiando o cestinho. A mãe zelosa não perde o filho de vista. A qualquer momento ela pode falar onde seus filhos estão; o que estão fazendo e com quem estão.

“Desceu a filha de faraó a banhar-se no rio, e as suas donzelas passeavam pela beira do rio; vendo ela o cesto no carriçal, enviou a sua criada e o tomou. Abrindo-o viu a criança, e eis que o menino chorava. Teve compaixão dele e disse: Este é menino dos hebreus.” (Êx 2.5-6.) 

Miriam ofereceu à princesa os serviços de sua própria mãe para cuidar do irmãozinho. Joquebede foi escolhida para amamentar o próprio filho, e ainda por cima, recebeu um salário por seu serviço. Que tremendo é o plano de Deus para seus filhos!

Cada mãe também recebe determinado “salário” para criar seu filho para Deus. O Senhor nos dá sua Palavra para nos ensinar e transmitir ensino aos nossos pequeninos; o seu Espírito Santo para nos dar sabedoria para responder às perguntas deles; os seus anjos acampados ao redor de nossas crianças, protegendo-as e trazendo livramentos...


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